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o sonâmbulo amador

Dias antes de se aposentar, Jurandir – um funcionário da indústria têxtil – faz uma viagem do interior à capital a fim de resolver uma questão trabalhista. Ele acaba internado em uma clínica psiquiátrica. A pedido de doutor Ênio, Jurandir escreve relatórios nos quais descreve suas crises, seus sonhos e a rotina de reclusão em um dos velhos casarões na cidade de Olinda. No retiro começa seu aprendizado de uma vida vigiada e mais urbana. Na companhia do velho enfermeiro Ramires, de madame Góes e da memória de um ex-patrão e amigo de infância, Jurandir descobre a possibilidade de pôr em prática talentos de herói já ensaiados no plano dos sonhos. Sua fixação em lances de heroísmo provoca uma inversão de papéis no momento em que a clínica é tomada pelos acontecimentos políticos do final da década de 1960. Na nova vida deste herói a contragosto, o destino de capa e espada e os desastres amorosos vêm acompanhados de uma visão solitária, sempre ansiosa por justiça e melhor companhia. O sonâmbulo amador faz uma crônica cheia humor de um protagonista desencantado e humilde, cuja vida oscila entre as imperiosas reformas da amizade e da política.


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nosso grão mais fino

Dois amantes conversam durante encontros nos quais evocam a diluição das próprias famílias. No curso de várias madrugadas, Ana – uma escritora de estórias infantis – reavalia o desaparecimento de seu pai durante uma viagem de zepelim. Ela recebe do amante os detalhes deste acidente que lhes alterou o rumo da vida. Vicente, seu narrador apaixonado, faz das memórias de ambos um palco livre demais. Sua devoção à química de açúcar e à parentela ausente leva-o a transformar pessoas e eventos em um modo de revolver um passado cheio de fúrias. Ele se divide entre o êxtase incestuoso e a dedicação à indústria familiar. Aos poucos Vicente se isola na companhia imaginada de figuras grandiosas, que impõem a Ana um casamento malogrado. Anos após a separação dos amantes, eles ainda se lembrarão do zepelim, de uma caçada falida junto a um irmão rarefeito, do relógio de um tio-avô arcebispo e, afinal, da viagem de volta à usina que primeiro os uniu. Ao longo de quarenta anos, no repasso que Vicente faz da vida, a mistura de comiseração e fantasia surge como a forma mais bruta de se amar à distância.


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antonio tabucchi, 1943-2012



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nosso grão mais fino


"Um romance grande, sensível. Quem ousa, firme e teimoso, reinventar a prosa do engenho, revisitar o açúcar que se supunha acabado? Mas, sobretudo, quem é o despudorado a escrever uma prosa poética, a inventar uma voz lírica quase como se a escrita ultra-realista das últimas décadas não tivesse existido?"


Pedro Meira Monteiro, penavadia.blogspot.com



"Nosso grão mais fino contraria positivamente a literatura do aqui e agora. Representa na literatura brasileira contemporânea um romance de efetiva modernidade."


Carina Lessa, Jornal do Brasil



"O romance traz um dos suicídios mais espetaculares da literatura brasileira. A cena aparentemente implausível torna-se impecavelmente verdadeira."


Jerônimo Teixeira, VEJA



"Os momentos de recordação, neste sofisticado autor, pairam fora do tempo, numa construção ficcional de caprichada fatura."


Flávia Cesarino Costa, Valor



"A força da narrativa consegue operar uma espécie de aproximação entre Faulkner e João Cabral de Melo Neto."


Ricardo Lísias, Correio Braziliense



"Linguagem e estilo se colocam em diálogo fértil, com metáforas preciosas, vocabulário rico. Um escritor culto e engenhoso, que tanto se abandona na prosa poética quanto bem controla as camadas de histórias."


Milena Britto, A Tarde



"O ponto alto do livro, sem dúvida, são os diálogos entre os amantes, quando o escritor intercala pontos de vista e digressões dos dois, num mergulho na mente do casal."


Marta Barbosa, UOL Entretenimento



"O estilo é fino, as personagens ficam de pé. E a narrativa, já madura para um primeiro romance, lembra ao leitor Osman Lins e Machado de Assis."


Milton Hatoum





nosso grão mais fino

Dois amantes conversam durante encontros nos quais evocam a diluição das próprias famílias. No curso de várias madrugadas, Ana – uma escritora de estórias infantis – reavalia o desaparecimento de seu pai durante uma viagem de zepelim. Ela recebe do amante os detalhes deste acidente que lhes alterou o rumo da vida. Vicente, seu narrador apaixonado, faz das memórias de ambos um palco livre demais. Sua devoção à química de açúcar e à parentela ausente leva-o a transformar pessoas e eventos em um modo de revolver um passado cheio de fúrias. Aos poucos Vicente se isola na companhia imaginada de figuras grandiosas, que impõem a Ana um casamento malogrado. Anos após a separação dos amantes, eles ainda se lembrarão do zepelim, de uma caçada falida junto a um irmão rarefeito, do relógio de um tio-avô arcebispo e, afinal, da viagem de volta à usina que primeiro os uniu. Ao longo de quarenta anos, no repasso que Vicente faz da vida, a mistura de comiseração e fantasia surge como a forma mais bruta de se amar à distância.


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